A Garganta da Serpente

The Angel

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Epiciclóides Universos

Faço do espaço onde me encontro,
O resguardo da estrela que já não brilha dentro de mim...
Desta forma culpo o sol,
Culpo o dia que me disciplina...
Lua fria sem luz,
noite obscura onde tremo
a cada gélido segredo que aqui me cerca.
Quero um corpo onde me perca,
Correr em fúria pelos periclitantes trilhos
Dessa terra que em ti fulmina,
Voar sem medo pelos vertiginosos embalos do teu céu,
E assim,
Morrer com gozo e alcançar a infinita posição das estrelas...
Cíclicos movimentos,
De esferas amorfas que imitam
A interacção fulgosa dos nossos corpos quando em fusão.
Imóveis objectos que o tédio irritam,
E que desviam o momento onde prendo a minha atenção.
Contrários sentidos.
Viagens alucinantes até ao quinto planeta
Onde poisas essa poção mágica,
E que de regresso,
Em epiciclóides vôos,
No auge mostras que és e que aqui jaz o tormento!
Linha deferente que me limita.
Nesta estância invento a simplicidade,
Ajo em unicidade,
E admito que o sol seja de novo o centro
Do espaço onde me encontro.
Orbitam ao redor, em movimento uniforme,
Constantes lembranças que aqui me sobrepões...
Rectilíneos gritos e inefáveis memórias,
Aqui, escondo a estrela que espera pela sua descoberta.
Relativas ambições.


(The Angel)


voltar última atualização: 10/01/2005
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