A Garganta da Serpente

Thiago Amorim

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Cópula

Enquanto rompes este fino véu
que sempre oculta os teus seios nevados,
entre estes teus lençóis emaranhados
noto as formas louçãs do corpo teu...

a arfar sôfrego em pulsos desregrados,
teu peito, fustigado pelo meu,
movidos por mil beijos delicados,
mostra-me a clara imensidão do céu!

Pois quando então empregas com lisura
tão lúbrica afeição, tanta brandura
ao teu olhar, à tua meiga voz:

nas asas deste Amor que nos enleva,
do leito ao Céu minha alma vil se eleva
ouvindo anjos cantarem sobre nós.


(Thiago Amorim)


voltar última atualização: 06/01/2009
11617 visitas desde 23/10/2008

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente