A Garganta da Serpente

Thiago Luz

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A Fonte das Águas Turvas

O descaso faz o descompasso,
E o compasso, de pernas tortas e grafite alado, é crucificado.

Das bocas a fumaça e o fumo,
E o câncer toma meio mundo.

A reza e a figa não limpam o fígado,
É espírito que incha.

Cada ser, a fonte das águas turvas...

As intrigas de salão fazem as tormentas de rua,
E o sangue tempera a carne crua.

As múmias aplaudem os parasitas,
Salva de tiros nas esquinas.

Carruagens de fogo tomam o asfalto,
E anjos de Lúcifer tomam de assalto.

Cada ser, a fonte das águas turvas...

(Poesia selecionada no Concurso Poetas do Brasil
e publicada na antologia "Poetas do Brasil")


(Thiago Luz)


voltar última atualização: 29/11/2007
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