Fios de sutura
Laminas me cortam a alma,
Dilaceram meus sonhos;
Nada me entorpece,acalma,
Só pensamentos medonhos;
As garras nas valas me puxam,
Arranham minha epiderme
Já castigada agora emanam
Algo comparado a um verme;
Dádivas de amor não possuo,
Tudo me fere,não favorece;
Duvidas cruéis não me curo,
O corpo,minh'alma apodrece;
Até minhas suturas me reclamam,
Rindo de tudo que me padece,
Somente demônios me chamam;
Um descrente profano merece,
Ouvindo o que corvos cantam;
Dos pecados jamais se esquece.
(Tiago Don)
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