A Garganta da Serpente

Tiago Don

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O induzido

Foram insetos venenosos,
Me dizem o que fazer;
A ira treme meus ossos,
De poder e não fazer;

Pulam de suas gargantas
Um fluido de ódio,horror,
Violentos como jamantas,
Meu corpo em puro terror;

Serpentes de um jardim,
Me padecem sem volta,
Tirando a virtude em mim,
Jogando a profunda cova;

Um confessionário trancado
É o que resta,obedeci,
Estou eu,em pecado lacrado,

Resta me afogar,perecer,
Dor maior não se vise,
Que do paraíso padecer.


(Tiago Don)


voltar última atualização: 03/08/2010
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