A Garganta da Serpente
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

ESTREBARIA

O teu sorriso maroto
Confunde-se com o sabor escroto
De meu uísque safado.

Tudo fede ás quatro da tarde.
Retire do ar esse som nauseabundo.
Quero comer o prostituto
Que se finge de garçom
E o plantonista
daquele hospital-necrotério.

Corações rangem na crucis do nada.
Os hematomas do céu refletidos
No bicolor do dark-room
Cruzam-se numa milonga trash.

Entoa novamente comigo
A rima pobre:
O teu sorriso maroto
Confunde-se com o sabor escroto
De meu uísque safado.

Inauguremos o negócio lucrativo
De juntar cadáveres
E empilha-los em fast-foods.

O que sobrou
Dos sonhos embrulhados
em papel de seda?

Luz e sal:
O entregador de pizza
Rebola como uma puta-presidiária.
Seus olhos azuis fendem a parede,
No entanto embarca em sua nave-moto.

Coro:
O teu sorriso maroto
Confunde-se com o sabor escroto
De meu uísque safado.


(Tom)


voltar última atualização: 07/08/2007
53460 visitas desde 26/05/2007

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente