A Garganta da Serpente

Tony Anders Barbs Couty

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

PODERIA PARAR...

Até qualquer tempo voltar...
Veloz como há pá que pouco a pouco o caixão vai enterrar,
Antes das mãos do cadáver empoeirar,
De olhos fechados só a pensar,
Transporto-me para um outro lar.

Iria encontrar...
A morbidez de cada palavra falar,
Túmulos abertos, segredos desvendar,
Com as pedras irei jogar,
Um mundo de trevas no fundo do mar.

Perder-se em algum lugar...
Junto a uma parte que na noite a despertar,
Ousou entrar, ansiando a terra ao fundo foi beijar,
Nas manhãs cinzentas não se ouve os pássaros cantar,
Noites com fogueiras as cinzas estão pelo ar a voar.

Poderia voltar...
O relógio colateral se atrasar,
Todo passado que é presente manchar,
E, todo presente que se faz passado apagar,
Não mais, poderei voltar.


(Tony Anders Barbs Couty)


voltar última atualização: 08/02/2011
11914 visitas desde 10/06/2008
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente