A Garganta da Serpente

Umberto A. Geneolle

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Limites

As avenidas são dos carros,
As calçadas são dos carros,
E os humanos são pássaros
Tentando sobreviver.

Homens, mulheres e crianças
São peças de um jogo desigual.
De um mundo que só tem vencedores
Gente magra, elegante, bonita,
De novelas glamurosas, sem Serasa,
Sem SPC.

As ruas são dos carros,
As estradas são dos carros,
E os humanos são pássaros
Tentando compreender.

O gesto é um adorno.
De repente, psiu, e um estampido
E tudo se finda. Nem sonho.
Nem enredo. Nem um ato falho.
Apenas uma vida
Que acabou de fenecer.


(Umberto Arcanjo Geneolle)


voltar última atualização: 19/10/2004
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