A Garganta da Serpente

Vanderli Medeiros

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Quando me deito

Quando me deito,
sinto o toque suave de tuas mãos,
tocando-me com os dedos,
percorrendo minhas costas,
despindo-me com beijos lascivos,
sussurrando aos meus ouvidos
o quanto me ama e me quer,
e, na fala muda dos corpos,
meu órgão percorres
com quente saliva...

Ao som de tua doce e amada voz
meu corpo estremece,
aquece,
entra em erupção...
Fingindo dormir,
remexo-me na cama
mordendo o travesseiro
em pose de Napoleão,
entreabrindo-me
para receber-te em mim,
com sentida comoção,
tremendo de emoção...

Como gata manhosa,
por toda noite,
enrosco-me em ti,
constantemente;
a desafiar os teus instintos animais,
a querer-me mais,
sempre mais...

E quando é noite,
eu já adormecendo,
ainda louca de amor por ti,
a tudo obedecia,
e te pedia em sussurros:
- Mais, por favor, mais!


(Vanderli Medeiros)


voltar última atualização: 08/03/2011
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