A Garganta da Serpente

Vertente Mítica

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ODE A SÃO JOÃO DEL-REY

        Em ruas estreitas e ziguezagueadas encontram-se os meus pensamentos... alçam vôos incomensuráveis...

Transpassam a opacidade fugaz das coisas materialistas...

Atingem o infindável!

        Transmuto-me, filtrando a matéria em energia fluídica - posso então me deslocar com facilidade por todos os recantos, envolver-me num invólucro de encantos...

        Mesclo alegria e ansiedade dirigindo um olhar à rua Direita, outro à Ponte da Cadeia e... num relance o Beco do Cotovelo...

Há a sensação de bem-estar no Tijuco!

        Compasso meus passos aos sons dos sinos, harmonizo os ventos que uivam por entre as palmeiras e o balançar de meus cabelos... Passo meus passos com carinho por sobre a Terra-Mãe; cuido para que sua face não seja arranhada ou maculada...

Oh! SAUDADES DE MINHA DEL-REY!

        Vislumbro em minhas mais secretas e íntimas reminiscências, suas noites aureoladas por lampiões seresteiros que coreografam o momento-passado com o presente-menino.

Oh! SANTAS RAÍZES CULTURAIS...


Oh! SÃO JOÃO...

DEL-REI…

DEL-PRESIDENTE!!!


        Quero ver e sentir a verve de seus folguedos e folclores sempre vingarem ante tudo e todos, que por maléfica malícia intentarem contra as suas mais sagradas tradições.

QUERO SEMPRE VÊ-LA EM MAJESTADE!

        Que fique registrado agora, em cartório de foro íntimo, que de sua harpa esculpida em jardins acordoados pelas palmeiras barrocas de São Francisco, soe a sua mais íntima sinfonia, e que os ventos a espalhem por todos os cantos, para que de onde eu estiver, possa ca(o)ntá-la ao mundo e sentir sua presença indelével num arrepio de emoção e alegria sublimadas a percorrerem o meu corpo, que será por fim entregue eternamente a você...

DEL-REY!

(Vertente Mítica)


voltar última atualização: 29/05/2006
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