A Garganta da Serpente

Vilson Melo Corrêa

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NASCE POEMA

Nasce poema, soluça o peito e bate
O coração há tanto tempo mudo.
Mas o poema engole o som e fica
No canto escuro, quieto e sisudo.

Nasce poema, numa contração do corpo
Explode em luz a iluminar a esfera.
Mas o poema faz ouvidos moucos
E num canto do corpo, cabisbaixo, espera.

A um poema quieto e silencioso,
Espera o quê ? Pergunto eu, ansioso;
Dê uma explicação, se a tiver.

E ele explica: Poesia é liberdade
Ela não nasce assim, só por vontade
Ela só nasce onde e quando quer.


(Vilson Melo Corrêa)


voltar última atualização: 10/03/2010
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