A Garganta da Serpente

Vilson Melo Corrêa

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CANÇÃO DA SAUDADE E SOLIDÃO

Ave de pedra,pesada, vôo triste
A clamar por liberdade, ventania
E a solidão a rasgar entranhas
Queda-se quieta num canto a observar.

Sou eu a ave, presa nos meandros
Dos pensamentos tão libertos
E nada muda.
O tempo parou faz muito tempo.
E quem sou eu a chorar minhas saudades ?

Saudade é um punhal que não perdoa,
Saudade é um cristal que não reluz,
Saudade é esta ave que não voa,
Saudade é esta dor que me conduz.

Não adianta debater-se, ave triste.
Aguarde o tempo escoar-se sem chorar
Não há remédio p'ra saudade, imediato
A não ser ter paciência e esperar.

Aguarde o sol nascer e um novo dia
Há de descortinar-se, tão radiante
Dentro dessa prisão que te encerra.

Vai brilhar a luz da liberdade
E teu coração baterá com tal vontade
Que expulsará essa saudade que te aterra.


(Vilson Melo Corrêa)


voltar última atualização: 10/03/2010
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