A Garganta da Serpente

Vinícius R. Bueno

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Apenas de Repente

O plural ficou impar
Nada está programado
Simplesmente, apenas de repente...
A poesia afinou acordes sustenidos
Apenas de repente...
Zumbidos despercebidos
Apenas de repente...
Momentos bem vividos
Foram apenas de presente
Apenas de repente...
No gemido de um susto
Na política de alto custo
Apenas de repente...
Na caridade do nosso imposto
Na venda, no ventre e no vento do teu rosto
Nada programado, tudo de repente...
Meu verso em qualquer papel de parede
Ou no mundo virtual de nossa grande rede
Fiz a conotação de exatas misturas puras
Todas estrelas visíveis para todas as criaturas
A letra de ouro que o vento levou na poeira
Fisgamos nosso eu, sem língua estrangeira
Na única vez de repente...
Sinto saudade da Pátria passageira.

(21/09/2010 15 h)


(Vinícius R. Bueno)


voltar última atualização: 23/02/2011
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