A Garganta da Serpente
este autor está sendo procurado - saiba mais

Vítor Manuel Santos da Silva

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Rio aberto ao espelho do sol

Duvidas que te amo em cada momento?

Duvidas do sol espelhado no rio?
Duvidas da relva verde nos campos,
do vôo da ave em pleno céu azul,
da fraga altaneira no cimo do monte,
da copa da árvore a recortar o horizonte?
Duvidas do mar que se abraça na areia,
do rochedo empinado na falésia?
Duvidas da chuva a martelar o telhado,
do trovão que ribomba nas nuvens que correm,
da corrida do vento que sopra inconstante
de ao mundo beijar com fôlego sôfrego,
de ao momento que passa dar todo o amor?

Duvidas, no momento em que te vejo e suspiro,
do rio aberto ao espelho do sol,
dos campos alegres com o verde da relva,
do céu azulado riscado pela ave,
do monte soberbo coroado da fraga,
do horizonte completo com a copa da árvore,
da areia em requebro pelos abraços do mar,
da falésia contente do empinado rochedo,
do telhado cantando martelado da chuva,
da voz das nuvens no troante trovão,
da inconstância do vento que sopra correndo
com fôlego sôfrego a perder-se no mundo?

Se não duvidas do brilho do sol,
do espelho do rio,
do verde da relva,
dos campos e do céu riscados pela ave,
da fraga, da árvore, do monte no horizonte,
do rochedo na falésia,
dos beijos do mar,
da chuva no telhado,
do trovão nas nuvens,
do fôlego do vento sôfrego do mundo...

Não duvides nunca do meu amor!


(Vítor Manuel Santos da Silva)


voltar última atualização: 29/11/2005
6371 visitas desde 01/07/2005
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente