A Garganta da Serpente

Vitor Pontel

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Asas em Chamas

Asas em chamas, manifesto próprio
Não chegue perto, não me sinto humano.
Sou a vítima perfeita para sentir o beijo da morte,
Seu gelado e suave beijo.
Vocês não sabem quem sou, como penso.
Vocês não sabem o que se passa por trás desses olhos.
Não quero sentir o seu mundo.
Quero simplesmente acreditar,
em minhas crenças.
Vou ser sua testemunha,
Diante da cruz de espinhos,
espinhos envenenados com a dor.
minha filosofia não lhes pertence,
Não tentem me entender,
Pois vivo aparte em meu Mundo.
Um mundo repleto do que me agrada,
E o que me agrada vocês não saberão.
Sou diferente,
Suas crenças vão levar vocês,
direto para o desejo da morte
Vocês são demônios, vocês são anjos,
Mas eu sou o que vocês
Inconscientemente quiserem ser.
Livre, livre de crenças e necessidades.
Sinta suas mãos, olhe seu sangue escorrendo
O suave cheiro de rosas indica sua paranóia.
Almas queimadas, olhos ardendo,
São apenas a causa desse seu sentimento,
dessa sua ilusão.
As pessoas cantam em coro,
eu filosofo aparte,
Não me toquem, eu não lhes pertenço
Suas idéias não passam de fantasias,
Fantasias insólitas e sem rumo.
Pergunte-me,
Eu responderei fazendo você sentir,
a paz de um oceano vazio e,
sem ondas, lhes mostrarei o caminho,
não sinto felicidade, não sinto dor,
Sinto apenas minha mente,
separando-se do meu corpo.
A morte é apenas o começo, o começo da harmonia e paz infinita.
Procuro fazer meus sonhos,
mas falho e os transformo em pesadelos.
O pesadelo é sua vida,
sua vida amarga e doce.
Olhe a cruz de espinhos,
Ela lhe dirá o que são.
Não me olhe assim,
sou um anjo comparado a vocês,
Um anjo com asas em chamas.


(Vitor Pontel)


voltar última atualização: 25/02/2007
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