Terror em família
Meu irmão acompanhava-me em visita
À casa materna que doentia
Ao inferno e dor em terror imita:
Correntes à noite, ranger de dia
A mãe serpentes tinha em cativeiro
Que ao cortadas se reproduziam
Sem escamas, negros vermes inteiros
Multiplicados horror infundiam
O pavor nos tomou de monta e medo
Pois quando enlouqueceu, pôs-se Luzia
Não na torre a sonhar, mas inda cedo
A cortar-se e injetar-se, a expiar
Uma doença que não existia
E sim culpa que não pode apagar
(Vivatchka)
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