Soneto de psicose
Na estação de metrô eu esperava
Que um último trem me levasse
Mas andarilhos deitados falavam
'Já não há mais veículo que passe'
O relógio quebrado da estação
Confundia-me e eu não me lembrava
Que fizera do dia até então
Por socorro, meu dedo não discava
E, louca, por amigos resgatada
Cheguei a uma casa, querendo ir
Daquele lugar para enfim dormir
No meu lar, mas ridicularizada
Constatei ter depredado o local
'Colorido demais para ser real'
(Vivatchka)
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