A Garganta da Serpente

Viviani Ketely

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Únicas

Já sentiu a chuva fria depois de um dia de sol seus pés beijando a areia quente suas mãos carregando água fresca a boca o vento beijando seu rosto suado o cheiro doce de uma flor deitou-se com um desconhecido sentiu frio em uma tarde de verão amou sob um céu coberto de estrelas beijou o espelho tomou banho de roupa deixou o sorvete ir ao chão chorou vendo um filme de amor sentiu medo quando ele fechou a porta comprou coisas que nunca usou carregou o mundo em sua bolsa sentiu que aquela musica falava de você afogou as magoas em uma caixa de chocolates odiou vingou-se arrependeu-se sentiu-se feia gorda magra despenteada insegura decidida namorada esposa amada amante menina mulher assim sou eu assim e você assim é um pouco de todas nos esteja onde estivermos somos quem somos lindas feias ricas pobres conhecidas desconhecidas casadas solteiras mães filhas netas castas despudoradas brancas negras asiáticas cabeludas carecas religiosas atéias clássicas elegantes despojadas reais sonhadas desenhadas pintadas fotografadas realizadas frustradas amadas rejeitadas frágeis fortes anjos demônios somos caminhos curvos perguntas sem resposta somos sangue somos ventre somos únicas
únicas?!!?


(Viviani Ketely)


voltar última atualização: 02/03/2010
8088 visitas desde 12/07/2007

Poemas desta autora:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente