Branca coberta de andrajos
Branca coberta de andrajos
a tez reluzente porcelana
disfarce de musa no parnaso
não era promessa soberana
Branca mimava aos farrapos
desembaraçadores das minas
a donzela cozia os trapos
atraia animais nas campinas
Branca sequer foi princesa
seu algoz esqueceu a frieza
e pousou a faca na bainha
Branca renegou a nobreza
entregou sua vida à pobreza
para ser uma eterna rainha.
(Wasil Sacharuk)
|