A Garganta da Serpente

William Blake

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A Mosca

Minimosca
Teu giro de verão
Minha mão à toa
Desmanchou.

Não sou eu
Mosca também?
Ou não és,
Como eu, ninguém?

Pois eu danço
E bebo e canto
Até que brusca mão
Me espanta.

Se pensamento
É ar no peito
E se é morte
Perdê-lo,

Então sou
Mosca feliz
Se eu vivo
Ou se vou

Deixa que o vento do oeste
Adormeça sobre o lago
Fala em silencio com os teus
Luminosos olhos
Banha de prata o crepúsculo
E de repente
Te retiras enquanto enfurece
O lobo
E o leão o escuro bosque espreita


(William Blake)


voltar última atualização: 18/04/2005
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