A Garganta da Serpente

Willian Delarte

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Ibeijada

(Ao Joãozinho da Mata e Carolzinha do Ar)

Abraça, dança e rola,
pula, roda,
beija-beija Ibeiji

Levanta um castelo de balas
do açúcar cristal na areia
e do furaco, nariz da baleia,
colha o doce guaraná do mar

Abraça, dança e rola

Roda a ciranda do ar
e dá pro titio a esperança
de que o Mundo não vai acabar

que o Tempo é sim de bonança,
e que todo Amor-criança

pula, roda,

faz do pó da guerra
o chocolate bruto da Terra -
véu do verbo algodão-doce,
pão-de-mel amoramar.

Ibeji beija-beija,
roda, pula,
rola e dança,

abraça a titia -

não a deixe esquecer
que o amor do titio
é grande roda-gigante,
insano chapéu mexicano,

que na montanha russa do amor
o titio fenecerá
se da flor que beija-beija
não puder amaramar.


(Willian Delarte)


voltar última atualização: 08/02/2011
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