A Garganta da Serpente
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POIÉSIS

faço despedaçarem ritmos
entrecruzarem órbitas num fluxo tenso

lapido seres na espessura errada da forma
para se desacomodarem do movimento

lenços em nós de cores que se abotoam
deitam-se no teto
na noite do poema
onde as estrelas são negras
e cada cor é uma lua

descubro caminhos sem volta
perdidos sob a luz do verso
teço a escada de cordas para uma fuga sem regresso

me enveneno com o cheiro leve da seda que enlaça
a efêmera atrocidade do poema


(Zadig)


voltar última atualização: 19/01/2004
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