Por vezes certos acontecimentos, certas pauladas que se leva da vida, podem
deixar alguém com medo de amar, e nesse sentido, uma pessoa muito amiga
escreveu-me dizendo estar com medo de amar, por temer se machucar. Claro, dizem
que "gato escaldado tem medo de água fria", e alguém
que não se deu bem no campo amoroso, vai relutar muito antes de se envolver
novamente.
Por se tratar de um assunto muito delicado e que envolve muitas coisas, fui
buscar orientação em fontes seguras.
Creio ter encontrado um ponto de partida numa mensagem do Dalai Lama, que sabiamente
diz:
Lembre-se de que grandes amores e grandes conquistas envolvem riscos.
Bem, é claro que para se encontrar o amor, não basta ir ao supermercado
pegar na gôndola, passar no caixa e pronto, levar para o casa o desejado
amor. Seria teoricamente uma beleza se assim fosse, mas, o mundo não
teria graça, pois o interessante é justamente essa perspectiva
do imponderável. É aquela dúvida sobre se dará ou
não certo o romance ainda incipiente. Haverá ou não perspectivas
de futuro.
Claro que existem riscos, pois o amor não é um sentimento unilateral.
Para ser bom, tem que haver uma reciprocidade, caso contrário alguém
vai sofrer. E nem sempre acontece o amor ser compartilhado. Nem sempre amamos
quem nos ama, ou somos amados por quem amamos.
São essas incertezas que dão o toque de emoção nessa
história de conquistas amorosas.
O bom da história, é quando a conquista é simultânea.
Ambos sentem a mesma emoção, o mesmo sentimento, e preferencialmente,
ao mesmo tempo.
Por que amamos? Pela própria necessidade que qualquer ser vivo tem. Que
é compartilhar a vida com outra pessoa. A solidão, na maioria
das vezes, dizem que é má conselheira, faz as pessoas se amargurarem.
Sempre é mais difícil viver-se na solidão. Daí a
procura pelo amor. Daí querermos amar alguém... mas deveremos
encontrar a reciprocidade.
Todavia, como saber a quem amar? Para que esse sentimento possa nos trazer a
felicidade, é preciso que encontremos no parceiro (a) uma certa cumplicidade,
tem que haver um entendimento, uma série de afinidades, o que contraria
a idéia que nos é passada por romances, filmes, novelas, segundo
a qual temos que nos apaixonar perdidamente para sermos felizes.
De verdade, não é por aí, pois a paixão é
uma atração física e se desgasta com a convivência,
enquanto que o amor verdadeiro se solidifica quanto mais passa o tempo, já
que os anos vividos juntos nesse amor tranqüilo mostram que os parceiros
tem tudo a ver. Ou não.
Talvez não seja esse o amor que muitas pessoas idealizam. Querem viver
grandes emoções. E é aí que mora o perigo.
Muitas vezes, por causa de uma atração física muito forte,
as pessoas se entregam totalmente, "entram de cabeça" nesse
romance. Só que para um dos dois lados a atração passa
mais depressa, e é onde alguém "se machuca", e acaba
sofrendo.
Antes de se entregar totalmente a um amor assim, temos sempre que estudar um
pouco a personalidade da outra pessoa. Se a convivência poderá
ser boa, se existe alguma afinidade entre ambos. Sempre é perigoso deixar
a paixão correr livre antes de se ter certeza de que a relação
poderá mesmo dar certo.
Quanto a viver uma paixão, isso é ótimo, desde que se mantenha
os pés no chão, entendendo que isso pode não passar de
uma aventura fugaz, o que sempre é bom, para quebrar a monotonia da vida.
Bem crianças, espero que todos tenham juízo, e assim, tenham UM
BOM DIA.