A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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Quem ama... Sente saudade

(Marcial Salaverry)

Parece ser muito lógico.

Claro que amantes afastados, por quais circunstâncias forem, forçosamente sentirão saudade.

Uma amiga muita querida, Beatriz Kappke, enviou-me um pensamento, assinado por "poetas lunáticos"... O que aliás, não é novidade nenhuma. Afinal, qual poeta não é lunático? Mas estes deixaram voar a seguinte jóia literária:

"O amor é a mais doce das quimeras:
faz do passado uma doce saudade,
do presente um sorriso
e do futuro uma bela esperança."
(poetas lunáticos..)

Sem dúvida alguma, o amor faz do passado uma doce saudade. Afinal, quando se ama, vive-se momentos de muita felicidade. Sempre existem passagens que nos trazem recordações indeléveis.

Momentos de paixão, de amor intenso, em que houve aquela entrega total, são instantes de amor que, se por uma razão qualquer não puderem ser repetidos, pelo menos foram vividos, foram sentidos. Sempre serão doces lembranças, uma doce saudade.

Momentos de muita paz, de apenas estar lado a lado, curtindo algo muito apreciado por ambos. Seja um por do sol, uma noite de luar, uma forte tempestade, com o ribombar de raios e trovões (ao lado da pessoa amada, é belo de se ver...). Seja uma gostosa viagem, ou um simples passeio a beira mar, ou mesmo à beira rua. As mãos dadas, marcando um momento de amor, de carinho. Sempre, uma doce saudade.

Até momentos de brigas, em que houve a posterior reconciliação podem se constituir numa doce lembrança.

Existem diversas razões que podem provocar um afastamento de dois amantes, mas sempre haverá motivo para aquele momento de saudade. Porque se não houver nenhum momento para ser lembrado, é porque nunca houve amor. Estavam juntos porque estavam, mas não se amavam. O amor pode esfriar, pode diminuir de intensidade. Mas não acaba, sempre deixa uma doce saudade, ou então, nunca existiu. O que pode acabar é a paixão, mas o amor não acaba nunca.

Até mesmo numa separação onde tenha havido muita mágoa, onde o amor pode se transformar em raiva. Mas a raiva atual não conseguirá apagar totalmente os momentos de amor antes vividos, e mesmo que se recuse a admitir, sempre existirá aquela saudade.

Vivendo o amor no momento presente, ao lado da pessoa amada, é o eterno sorriso... Os colegas lunáticos estão cobertos de razão. Os momentos vividos lado a lado sempre são doces (os diabéticos também podem amar, pois essa doçura é totalmente diet...).

Nesse ponto todos concordam... É bom demais amar...

Amigos lunáticos, o futuro é sempre aquela eterna esperança, de estar sempre ao lado da pessoa querida, de conseguir realizar aqueles planos todos que os apaixonados sabem tão bem fazer, a esperança de ter esperança, que mantém sempre acesa a chama do amor. E principalmente o que se chama de amor. Que nada mais é senão o prazer insuperável de sentir a presença amada, esteja ela perto ou distante. Aliás, já disse outro poeta, tão lunático quanto os próprios, que se pode estar juntos ainda que distantes.

E assim, cheio de amor pra dar, é que desejo UM LINDO DIA.

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