Para definir como deve ser uma parceria perfeita, vamos analisar com isenção
de ânimo como deve ser uma mulher, e como deve ser um homem, para que
a parceria seja perfeita.
Como deve ser e agir uma verdadeira mulher. Analisemo-la à luz das necessidades
de um homem que saiba dar o devido valor a uma mulher. Sem preconceitos machistas
ou feministas, apenas realistas.
Poderemos também analisar como deve ser um homem, para que a mulher,
que é responsável, possa desenvolver toda sua capacidade de ser.
De parte a parte deve haver principalmente muito respeito e consideração.
Vamos ser apenas realistas, porque, para ser responsável pelo que cria,
o homem precisa, antes de mais nada, ver no espelho o rosto de uma criança,
e jamais esquecer essa visão, não podendo esquecer que dentro
dele, das necessidades que reconhece em si como um ser dependente dos demais,
está o segredo dele ser um Homem - e ser um agente de construção
na vida daquilo que lhe é mais descartável na vida adulta: a família.
Realmente, assim deveria ser...
Ela deverá ser forte. Poderosa. Ao mesmo tempo, suave e delicada. E elas
sabem ser. Quando querem. De seu bom senso em saber usar seu poder e sua ternura,
está a base da felicidade e do bem estar. Dominadora, sem exigir servidão,
e dominada, sem se rebaixar. Ponto de equilibrio da dupla.
Ele deverá ser forte. Poderoso. Não na conquista de corpos, mas
na conquista de si mesmo. De sua força dependem crianças e mulheres.
De seu poder depende o crescimento de empresas e nações. Isto
fará com que ele seja, ao mesmo tempo, suave e delicado, porque é
impossível ser forte e poderoso sem suavidade, ou a força se transforma
em domínio, e o poder em poderio. E assim, perder o ponto de equilibrio
ideal.
Felizes daqueles que conseguem se enquadrar neste parâmetro, pois efetivamente,
esta é uma definição muito precisa.
Comparativamente falando, podemos dizer que ela deverá ter a força
e o calor do sol para aquecer o dia do homem, e ao mesmo tempo, deverá
ter a suavidade da lua, das estrelas, para iluminar o amor, e permitir o repouso
após o embate amoroso.
Ele deverá ter a força e o calor do sol, que alimenta e aquece
o solo, ou seja, a mulher, que vai gerar as plantas do lar, as crianças
que ambos conceberão. A natureza inteira depende do sol. Mas se ele é
inclemente, a vida desaparece do solo, e as plantas fenecem. Ele deverá
ter a suavidade da lua e das estrelas, para embelezar e iluminar a longa noite
da espera, esperando que um bebê cresça, um adolescente amadureça,
o tempo do pós-parto chegue ao fim, que da menopausa renasça aquela
que ele amou, e que oferece pouso da segurança de braços a seu
redor.
Realmente, os homens que sabem ver na companheira de muitos anos ainda aquela
menina que o encantou, podem considerar-se dignos da companhia dela. Os que
não sabem ter essa visão, precisam entender não são
elas que ficaram velhas, feias, é o seu espírito que não
sabe enxergar e reconhecer a real beleza que está a seu lado.
A mulher deverá ser amena e benfazeja como a brisa que acaricia nosso
corpo durante o dia. Contudo, em certas ocasiões deverá ter a
fúria da tempestade, mostrando toda a força de seu amor.
Por seu lado, o homem deverá ser ameno e benfazejo como a brisa, porque
nem todos os corpos que acariciam são sensuais e belos. Alguns são
os corpos delicados dos filhos de seu poder. A mulher nunca será apenas
um corpo, ela é a matriz de onde sai a humanidade. Contudo, o homem deverá
ter, em certas ocasiões, a fúria das tempestades, mostrando a
força de seu amor não na força do desejo, mas quando precisa
defender os seus da força de destruição que este mesmo
desejo pode causar, ao se voltar para outros corpos, abandonando as frágeis
plantas de seus filhos nas mãos trêmulas da mulher abandonada,
usada, descartada.
Aqueles que tomam semelhante atitude, efetivamente não podem ser considerados
homens na verdadeira acepção da palavra, mas sim meros machos
à procura de fêmeas.
Ela deverá saber se impor com suavidade, fazendo prevalecer sua vontade,
fazendo com o que homem pense que é ele quem comanda. Essa impressão
de domínio masculino é importante para que a mulher prevaleça.
Não deve se apequenar, submeter-se, mas deixar essa impressão,
para que ele possa sentir-se o "Chefe", ainda que não o seja.
Ele deverá saber se impor com suavidade, mas apenas quando movido por
sabedoria. Fazer prevalecer sua vontade, mas apenas quando ela não se
resume à vontade egoísta da posse, mas à vontade do homem
que conhece a Verdade. Ele não deve exigir ser o que comanda, mas sim
o que dirige e guia. Sua concepção de "domínio"
deve ser a de um deus que cria e faz florescer, não de um déspota
que tem em sua mão poder de vida e morte, e o usa. E deve ser capaz de
se submeter, quando a situação o exigir, porque amor é,
acima de tudo, ceder parte de si mesmo a outrem.
Este deveria ser um dos mandamentos da conduta do homem. O segredo consiste
em comandar, e não mandar, em co-participar da vida familiar, e não
simplesmente dar ordens. Deve sempre haver um consenso, que só se obtem
com diálogo. Assim, embora ele ostente o poder, em seu íntimo
sabe a grande companheira que tem. E saberá escuta-la em seus momentos
de duvida, e saberá passar-lhe o bastão quando a situação
o exigir.
Embora a mulher seja a que verdadeiramente retém o poder, já que
é o solo, em seu íntimo ela saberá que o solo nada é
sem o Sol, e saberá escutá-lo em seus momentos de fraqueza e dúvida.
Coparticipação... diálogo... entendimento... tudo deve
ser resolvido em conjunto.
Ela deverá ter a doçura de uma fruta madura, sem esquecer que
por vezes a fruta pode ter um travo amargo mas devemos saber o momento de aproveitar
a doçura, ou de entender os problemas que ela pode estar passando.
Ele igualmente deverá ter a doçura de uma fruta madura, porque
precisa alimentar os espíritos daqueles que estão de olhos voltados
para ele, esperando nutrição, cuidado, segurança. Jamais
deve tirar seu fruto dos que dele dependem, para dar a quem mais lhe agrada.
Um novo corpo de mulher não deve cegá-lo a seu dever de homem
e de pai, que é a configuração máxima do homem.
Frizando-se novamente a importância da união. Não é
o caso de se falar em direitos e obrigações, mas sim em colaboração,
vida em comum. Co-participação. Cada qual fazendo sua parte, seja
ela qual for. Não importa quem trabalha fora ou quem trabalha em casa...
Quem ganha mais ou quem ganha menos. A união é que deve prevalecer.
O entendimento. Nem o homem, e tampouco a mulher devem trocar a parceria, apenas
por desejar provar um "capim novo".
Ela deverá ser terna e suave como as pétalas das flores, mas sempre
lembrando que flores também tem espinhos, e que devem ser tratadas com
cuidado e carinho para não ferir as mãos de quem as toca sem a
devida atenção.
Ele deverá ser suave, terno e paciente como o jardineiro, lembrando sempre
que flores também têm espinhos, e que precisam ser cuidadas, as
ervas daninhas arrancadas sem misericórdia, para que possam lhe proporcionar
a beleza e perfume que ele tanto almeja. E deve saber que flores machucam sem
saber, porque é de sua natureza ter espinhos.
Cuidados e atenções sempre devem ser recíprocos... O grande
segredo é a reciprocidade que sempre deverá existir. O amor, a
união, exige reciprocidade. Uma estrada de mão dupla. O que vem,
vai. Seja carinho ou bofetada. Reciprocidade e respeito.
Ela deverá ter a alegria encontrada no chilrear das avezinhas quando
o dia começa. Sempre é bom amanhecer com alegria, mas devemos
fazer nossa parte, pois a alegria, a felicidade, exigem reciprocidade.
Ele deverá ter a alegria dos pássaros, que cantam apesar das tempestades,
e reconstroem seus ninhos depois do vendaval, sem abandonar os delicados ovos
ao próprio destino, enquanto procura paragens mais amenas para si mesmo.
Ele deve cantar na manhã o renascimento de todas as coisas, para que
tudo ao seu redor se ilumine, sem esperar que façam por ele o que lhe
é divina tarefa: nutrir e dar força.
Com outras palavras, a mesma coisa... deve prevalecer sempre o sentido de união
familiar. Sempre a solidariedade deve prevalecer.
Sempre quem estiver melhor, deverá apoiar o outro. Seja quem for, homem
ou mulher.
Direitos e deveres iguais, em clima de carinho, respeito e consideração.
Assim vivendo, sempre teremos UM LINDO DIA.