A Garganta da Serpente

Manoel Guedes de Almeida

  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Um barquinho de papel no infinito

Meu amor é infinito e não me cabe.
Por isso grito e grito bem alto.
Por isso digo te amo e te amo e te amo
E te amo desesperadamente!
Não há espaço em mim pra amor tanto.
Quero banhar-te em cada gota
Desse fluido invisível que me sai;
Enlaçar-te nele,
Fazer dele um balanço e balançar-nos nele,
Fazer dele casa e cama e vivermos nele,
Fazer-lo alimento,
Tece-lo nosso pijama;
Faze-lo barquinho de papel
E navegar por todo o Metatlântico de amar,
Pois meu amor é mar dos mares,
Mar de céu azul sem fim.
Por isso toda essa necessidade só minha
De auto-afirmação constante de amar;
E digo baixinho, e digo sempre, só pra mim,
A cada segundo "te amo",
E escrevo nas folhas do caderno,
Em cada canto em branco
Onde caiba "Amor",
É que sou louco sano
Que sai gritando na rua bem alto
Em dia de chuva,
"TE AMO MUITO E PRA SEMPRE, MEU AMOR!"

(Santos-SP, 12 de abril de 2008)


(Manoel Guedes de Almeida)


voltar última atualização: 01/09/2009
10563 visitas desde 01/03/2008

Poemas deste autor:

Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente