Sol
Flor de azeviche?
Minha galega, de negra não tem nada!
é dourada!
Sol que ilumina minha estrada
Tem os olhos da cor dos rios, dos mares
aqueles mais belos dos mapas!
a gringa que quando passa, sorri
e se assemelha a uma criança
a gringa que quando dança
me faz tremer por ser tão mulher!
Ela me quer!
Então, eu me quero também!
e nós temos um mundo
Ela me faz tão bem!
A alemã brasileira
que ronda meus sonhos
e depois os realiza em tempo real
que me faz escrever de um jeito novo
Ela não me faz mal!
Meu suposto a abraça
e quando sinto que a envolvo...
me envolvo e viramos um só!
E essa mistura,
seus olhos verdes nos meus olhos escuros
formam a cor do infinito
e é lá que vejo que não sou pó, nada!
é lá que o mundo acaba!
e recomeça!
Eu tenho tanta pressa e ela me acalma!
o peito, a alma
me faz gostar do silêncio, do meu pedaço insuportável
e a ânsia de falar, passa!
Eu me calo e a espero passar!
(Thais Dornelles)
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