Penso muito, não paro de pensar, muitas vezes me sinto entorpecida, meio
tonta no meio de um tiroteio, sabe?
De coração aberto falo que sinto-me orgulhosa de alienar perante
determinados assuntos e retóricas.
Não tenho a menor intenção de preconizar e conceituar Paz,
nem me digo tão sábia a ponto de postular algo a alguém
nesse mundo.
Se falo dessa forma, vão seguir me dizendo: Não se menospreze,
menina! Você escreve um monte, você é uma promessa na literatura
brasileira, enchem-me de gás e lá vou eu me sentindo a Florbela
Espanca dos pobres satirizando, observando, ditando.
Se digo contrário, se mostro quem sou, se conto o que passei, sabendo
que memórias sempre causam um pouco de ou amem ou me deixem, mas encaro
como um grande exercício de doação e exposição
para que sintam o que está dentro do meu universo, rotulam-me sem dó
nem piedade: a tal! Ô menininha que se sente... Acima do bem e do mal
e a imortal.
É complicado, mas para mim que estou me formando como educadora professando
uma didática mais afetiva e mais próxima ao meu alunado tendo
que entrar no seu cenário também e na sua psique para entender
e transgredir traumas para que não mitifiquem uma matéria cheia
de rótulos também que é a famosa odiada QUÍMICA!
Só que no mesmo mundinho que soterram-nos de mensagens e manifestos contra
a guerra pretensa idéia de Paz essas mesmas pessoas contradizem-se não
conseguindo abrir seus olhos e ouvidos e escutar o outro e se doar e vir a colocar-se
na situação do outro.
Pois é?
Falo de políticos? Falo de maquineístas governamentais?
Não? Falo de pessoas que dizem que têm a poesia em seus corações
ou por escrevê-las, mesmo na forma de prosas ou mesmo apreciem a poesia?
Que atitude poética, não?
Não! Atitude patética!
Sabe o porquê? Pelo julgamento, crítica pela crítica, valorização
do estético frente ao que tem essência e ainda por cima o material,
coisas que nós que estamos nesse meinho virtual e poético deveríamos
e dizemos estar fugindo, pois o mundo urge desses elementos.
Dói ver tanto descaso e tanta hipocrisia rolando pela rede.
Pessoas dizendo uma coisa e fazendo outra por trás de pessoas que dizem
amar e sabe a única forma de defesa? O nickname?
Faça-me o favor? Nunca, nunquinha, vou me esconder por trás de
algum nickname para vir a descobrir falsidades ou dubiedades?
Na era do Reality Show? Luz, câmera e ação: isso é
um jogo?
Não, recuso-me a entrar nessa balbúrdia estapafúrdia de
um comendo o outro como se fossem canibais.
Realmente vivo a Paz, não gosto de guerras e nem jogos porque ninguém
ganha nada com isso, nem quinhentos mil e eu perco mais ainda, pois sofro a
cada dia e humilho-me por ser honesta.
Querem uma filosofiazinha de Big Brother Brasil? Dhomini falou que um dia as
pessoas terão vergonha de serem honestas.
Nesse dia, se ele vier, quero estar morta, ou então façam-me o
favor de me matar para cada um de vocês.
Pela Paz sempre sem hipócritas doutrinas e nem guerras vis por questões
irreais.
PAZ!!!