Eram tão deliciosas as festas juninas em minha escola, em minha rua,
na minha vida!
Saudade de infância, de minha adolescência, lembranças que
não se desfazem e estão registradas até em fotos que denunciam
a felicidade destes momentos, inclusive nas quadrilhas.
Lembro que adorava a quadrilha e o casamento caipira; meu irmão, os balões
e foguetório. Estalinhos e chuvinha-de-prata era o máximo a que
eu me arriscava.
Na hora da comidaria, eu adorava os doces juninos, enquanto meu irmão
se empapuçava no milho verde cozido.
Já papai e mamãe, no quentão.
Por aí vão minhas breves lembranças e uma festa que nos
remete a cantigas de autores da antiga. Até hoje não me esqueci
da primeira que ouvi: "Chegou a Hora da Fogueira", se não me
engano do Lalá, Lamartine Babo - letra que eu tive que interpretar em
prova.
Tudo tinha doce, tinha significado, era uma infância rica de signos e
sinais.
Será que as crianças de hoje sabem como é uma festa junina?