Praticamente não há mais o que se fazer em relação
à provável fraude montada para as eleições. Mesmo
um grupo coeso não terá meios de impugnar o processo. Ainda mais
que o órgão (TSE) que define as regras do evento é quem
julga as interpelações daqueles que se sentem prejudicados por
alguma conduta falha dentro do processo! O cenário será mantido
em estado de espera até que o fato esteja consumado e os jornais anunciem
que a "democracia"(?) deu mais um passo à frente (rumo ao abismo?).
Somente um milagre que pudesse detonar simultaneamente os explosivos contidos
dentro de nossa indignação com esta caminhada em direção
à moradia final poderia estancar o sangue que escorre de nossa dignidade
pisoteada. Mas o interesse do povo é saber se o atleta X está
com os salários em dia para jogar com seriedade na copa de futebol. O
próprio salário (minguado e atrasado) não faz diferença
para quem foi doutrinado a viver na lama.
O caixão é o Brasil. O cadáver é a nossa sociedade.
E se Jesus tiver de voltar, não será aqui. Estão precisando
dele com urgência lá no Oriente Médio. Se bem que agora
um "zeroglota" (conversando com turco, chinês e russo) está
intermediando acordo nuclear mundial, apesar de não entender nem de energia
elétrica nacional.
Acontece que nossa sociedade está em estado terminal. Perdeu a capacidade
de reação espontânea. Os mais velhos (acima de 60 anos)
naturalmente se acomodam alegando que têm uma família para cuidar
e não podem participar de aventuras sem um final claramente definido.
Com sua experiência, vão conduzindo a vida apertando um furo do
cinto a cada semestre. Cortam o lazer, alimentos de maior poder nutritivo, deixam
de cuidar dos dentes, trocam o carro atual por um menos equipado a cada 8 anos,
deixam de participar de cursos que possam melhorar seus conhecimentos profissionais
e reduzem os presentes de Natal. Passam a comprar jornal somente aos domingos.
Prolongam o tempo de vida das roupas em uso. A cada mês sorteiam qual
prestação ficará em atraso. Ao receber o décimo
terceiro não poderão realizar o sonho alimentado com a família.
Quitarão suas dívidas pois são honestos e não desejam
ser confundidos com os políticos profissionais.
Pelo menos isto.
Os jovens (entre 20 e 59 anos) com poder de perceber o negro manto que já
nos envolve, estão angustiados pela quebra da unidade familiar, estão
confusos com as atrocidades praticadas impunemente pelas autoridades (contrariando
o aprendizado escolar que afirma que as leis são iguais para todos),
estão dando topadas no escuro tentando encontrar a porta do primeiro
sub-emprego e mal possuem resistência para combater as drogas que corrompem
o caráter da mocidade. O pouco de entusiasmo que possuem pela força
da idade, desperdiçam em brigas nos estádios de futebol e bailes
noturnos. A turma da Rua Alzira que consegue agregar 30 mil pessoas para festejar
a seleção de futebol, não canaliza este potencial para
iniciar uma cruzada cívica a favor de nossa pátria. Jornais independentes
como a Tribuna da Imprensa (RJ - já fechado) lutam com dificuldade para
levantar a voz em nossa defesa, que é abafada pelas manchetes exibindo
mulheres nuas e botinudos que fazem gol de canela.
A maior parte da população, sem cultura suficiente para perceber
que é manobrada, esbraveja para acompanhar o líder comunitário,
o radialista de boa penetração ou as vozes dos artistas das novelas
que paulatinamente efetuam a lavagem cerebral que destrói os valores
familiares que nossos avós tentam preservar numa luta inglória.
Vibram de prazer quando um sujeito que balbucia 5 palavras no "Big Besta
Brasil" é chamado de "gênio" pelo Pedro Bilal. Deliram
se este elemento aparece de cueca em frente às câmeras.
A grandiosidade do nosso território também não contribui
para um movimento unitário organizado numa cruzada cívica para
exigir lisura do pleito. Se isto fosse possível, já se teria detonado
movimentos no sentido de evitar que os administradores vendessem nossas empresas
estratégicas e aprovassem leis em benefício dos estrangeiros que
emprestam dinheiro a juros extorsivos, indecentes e impagáveis. Já
se teria realizado um levante contra as medidas que massacram nosso povo e condenam
os menos afortunados a morrerem de fome ou de doenças que já foram
debeladas há mais de 100 anos em países do 6o. mundo. O único
meio de congregar a sociedade numa direção única em defesa
de seus símbolos é a mídia coordenada pela tv, com apoio
do rádio e dos jornais. Ocorre que estes veículos estão
nas mãos dos que patrocinam a estadia permanente dos abutres que preparam
a cova profunda onde seremos jogados quando terminarem de sugar nosso já
ralo sangue. Poucos jornalistas de credibilidade se arriscam a alfinetar o sistema
eletrônico de votação. As entidades religiosas estão
às voltas com seus pedófilos expostos para desacreditar as palavras
dos que ainda honram a vocação. As entidades civis, perdendo adeptos
a cada dia, mal suportam pagar as despesas mensais para se manterem ativas e
então, se sujeitam a não protestar para não terem seus
títulos dormindo nos cartórios de execução (caso
da UNE). As forças militares estão exauridas por falta de alimentação
de seus soldados, que procuram sobreviver desviando armas para quadrilhas da
periferia onde residem em precárias condições. A família
está destroçada em função da ação
criminosa das falsas ongs que defendem direitos humanos (apenas de criminosos)
e pela tv que exibe com repetição progressiva (com apresentadoras
bonitinhas) os atos que deitam por terra os valores morais que poderiam manter
elevado o orgulho de termos nascido nesta terra abençoada.
Basicamente não temos mais com quem absorver conselhos de conduta para
limpar o caminho do futuro de nossos herdeiros. Já nos acomodamos e apenas
torcemos que eles consigam prosseguir com poucos ferimentos na alma. Nossa última
arma é o título de eleitor, que não sabemos usar. Nossa
última bala é o voto NULO, que não sabemos perceber seu
alto poder num momento de desespero. Nem temos certeza se eles os contabilizarão
e exibirão o montante acumulado se o mesmo for motivo de vergonha para
o país, demonstrando a insatisfação do povo com o elenco
de pilantras que se rotulam de salvadores da pátria.
Pela força que tais elementos fazem para evitar que o projeto "ficha-limpa"
tenha sucesso e pelo silêncio do povo em relação ao fato
(na Argentina bateriam panelas), podemos concluir que se grupos criminosos inscreverem
suas siglas no cenário político, certamente montarão grandes
bancadas dentro das fétidas casas legislativas.
E a partir daí, não mais precisarão pular muros eletrificados
para entrar em NOSSAS casas.