Estamos vivendo uma época de derrubadas de paradigmas. Ou pelo menos
de questionamento de absurdos. Em todas as áreas, os dogmas só
resistem enquanto não adquirimos o conhecimento para estudá-los
e muda-los. O que era padrão até ontem, hoje deve estar sendo
contestado por quem evoluiu e adquiriu a verdadeira condição de
cidadão consciente de seu papel na sociedade.
Há 50 anos, uma jovem só tinha liberdade de encontrar seu próprio
caminho após completar 21 anos. As que adquiriam maturidade mais cedo
e se rebelavam contra esta situação, eram difamadas pela sociedade.
Na melhor das hipóteses eram rotuladas de rebeldes e levianas. Se conseguissem
sobreviver por conta própria, eram rotuladas de "piranhas".
Hoje, uma frágil (apenas no físico) menina de 15 anos (ou menos),
já sustenta um lar. Já se discute se um adolescente, nesta faixa
de idade, que é capaz de procriar, dirigir, votar e trabalhar, também
deve ser penalizado judicialmente por seus atos irregulares. Reflexo de uma
"evolução" que se afoga em suas próprias descobertas
em ritmo alucinante que não nos oferece tempo para digeri-las.
O conceito de maioridade mudou radicalmente. No momento em que o indivíduo
adquire responsabilidades e passa a interferir na vida da comunidade, atingiu
a este degrau, sem necessidade de firma reconhecida. Tem de arcar com os lucros
e as perdas. Seus pais, em diversos momentos contribuem para este quadro sinistro,
imaginando que seus filhos ao passarem dos 7 anos exibindo grandes habilidades
com seus micros, poderão obter empregos de executivos antes mesmo dos
16 anos, para n~ao serem " engolidos" pela impiedosa globalização.
E hoje estamos aqui para confirmar este nível aos processos conduzidos
por mulheres. Através de anos de existência, enfrentando todas
as dificuldades de recursos (técnico, penetração, patrocínio),
conseguiram com perseverança e entusiasmo próprios das vencedoras,
manter e divulgar informações claras, na luta incessante de orientação
a todos os seus admiradores, em busca de uma qualidade de vida elevada, através
da útil informação aberta e de fácil compreensão
para todos. Qualidade esta, que só será alcançada, quando
eliminarmos os preconceitos criados pela ignorância, que ameaça
a boa convivência em grupos. Nesta luta árdua, que otimistamente
deve durar mais um século, certamente contaremos com o fôlego e
apoio das janelas que estão se transformando numa trincheira única
em defesa da Mulher e da dignidade do ser humano de um modo geral. Que elas
tenha persistência para mostrar aos homens que não são concorrentes,
mas deslumbrantes parceiras!
O espaço delas está reservado desde o início dos tempos.
O homem se apossou dele através da brutalidade. Recupera-lo usando a
palavra demora, pois é preciso ter muita paciência para retirar
o vírus que contamina o ego masculino e o faz sentir-se menos masculino
por seguir algumas normas propostas por uma mulher.