Na sexta-feira, minha falta de interesse, preguiça e cansaço
se unem contra mim na última aula da semana: Matemática.
A raiva que eu sinto por não entender um sequer probleminha matemático
é tanta que acaba se transformando em puro desinteresse, numa vontade
louca de nem querer saber nada daquilo que está sendo explicado na minha
frente. Fico impressionada às vezes, comigo mesma, pois isso só
acontece nas malditas aulas de cálculos sem algum sentido ou futuro efeito
na minha vida.
Muitas vezes os problemas alheios (não, os meus mesmo) são tantos
que não sobra um espacinho, mínimo que seja, para esses mega-problemas
terríveis que estão presentes nos livros de matemática.
Quando penso neles me pergunto "afinal, o que eu quero com raiz quadrada
de cinco, que nem existe, menos quarenta e tantos mais alguma coisa elevada
ao cubo, vezes vinte mil e oitocentos mais x elevado a menos y que ainda tenho
que descobrir o resultado?! Ah, vai pra p*!!!!" Saber o valor de x ou de
y em determinados problemas é totalmente idiota e não vai fazer
uma modificação enorme na minha vida.
A verdade verdadeira é que eu detesto matemática e não
tenho vergonha nenhuma de não compreender aquela montoeira de números
soltos riscados no quadro. Se oito x menos vinte e quatro passa como operação
azar (ou sorte) dele, o negócio é que eu tenho muito mais o que
fazer. E tenho dito.