Que me desculpem os homens, principalmente meu querido poeta que me inspirou,
mas eles realmente não conhecem as mulheres.
Mulheres não são caça, não são caçadoras,
são simplesmente pessoas com as quais compartilhar.
Ai, tenham a santa paciência!. Estão redondamente enganados os
que pensam diferente.
Os tempos mudaram, felizmente. Mulher não está à venda,
não está nas prateleiras, não quer privilégios, não
quer predadores. O que ela quer é um companheiro. Não um ditador,
um patrão, um falso-liberal, que disso elas já estão saturadas.
Ela não é degustável, mas observável e imitável,
sem dúvida!
Mulheres não quarem um protetor, um pai, mas um amor verdadeiro, onde
a doaão é recíproca, onde a entrega é incondicional,
onde a beleza compartilhada pelos olhos, os cheiros, os sentires.
Mulheres não se entregam a quem não se entregar, e esse é
o maior de todos os enganos dos homens. Eles se deixam facilmente levar pela vaidade
e acreditam que mandam no coraão e na alma daquela que, aparentemente,
foi conquistada, rodeada, feito luz e mariposa.
Não... elas preferem, sem dúvida, a verdade de sentimentos, o
poder contar com a solidariedade, o respeito, a valorizaão de seus dotes,
como elas valorizam os dos homens.
Ah, paciência ....
Pois vou eu ensinar um segredo: não há segredos!!!
Nenhuma, nenhuma mesmo, que seja normal, tenha um mínimo de brio, de
dignidade, que tenha a velha chama acesa no peito e a auto-estima alerta, que
suspira por encontrar esse eco de grito do peito em outro coraão, nenhuma
se doaria inteira, caso não percebesse o caráter, a integridade,
o respeito e o amor, vindos daquele por quem seu corpo vibra.
Engana-se o que pensa que o amor a tudo supera, que desilusões, indiferença,
desprezo serão esquecidos e perdoados por qualquer consolo de vida e carinho.
Ilude-se muito o que imagina que há uma frágil parede a sustentar
a mulher...
É aí que todos pecam. Acreditam que a mulher é frágil,
tola e dobrada com doces palavras e pequenos mimos e gestos. Foi-se o tempo! Ela
é forte, ela é densa.
A mulher sabe-se inteira, intensa, dona de seu nariz, de seu corpo, de suas
decisões. Não está á mercê de desbravadores,
de bandeirantes, de aventureiros. Está na vida para suas próprias
escolhas, para compartir idéias, objetivos, interesses, prazeres, dores.
A mulher não deseja ser estereótipo de coisa alguma. Quer ser
bela, porque gosta de ser bela. Quer ser meiga, se acha a meiguice importante.
Quer estudar, se acha que é necessário. Mas pode abrir mão
de tudo isso, se se sentir mais voltada a outros interesses. E que o homem entenda
de uma vez por todas essas escolhas e as respeite!
É apenas esse o segredo.
Não é paciência, caros homens, é respeito! Nada
além disso. É considerar a mulher como consideram um velho amigo,
um outro homem, com afinidades, com liberdade, com uma certa cerimônia pelo
seu espaço individual.
Se, além disso tudo, desse companheirismo, houver amor, este será
completo, e ambos usufruirão o verdadeiro paraíso, que só
a perfeita sintonia de sentimentos, objetivos e entendimento é capaz de
proporcionar.
Amem muito, homens! Mas, por favor, respeitem os direitos de igualdade mais
ainda, acima de tudo! Amor sem liberdade, amor escravo, é igual a posse,
a objeto, a veneraão sem satisfaão. Recusem o amor fachada, o amor
exibião, as pseudo-gueixas, porque isso vai deixá-los solitários,
não obstante sentirem-se poderosos. Falso poder, pois não detêm
a alma, muito menos os sonhos. Nunca estarão certos sobre nada. Nunca conhecerão
a verdadeira mulher.