A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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O Impossível Possível e o Imaginário

(Géber Romano Accioly)

Mesmo estando inserido em o tema não vou tratar, de a candidatura, de a eleição e de o governo messiânico de o nosso popularíssimo Luís Inácio LULA da Silva, de o nosso Brasil varonil, salve, salve, entrar, finalmente, para o Primeiro Mundo, de os nossos políticos deixar de serem trampolineiros, de os nossos líderes religiosos deixarem de difundir a ignorância, para espoliar os apoucados; de as nossas autoridades subornáveis se tornarem honestas. Nenhuma dessas qualidades inerentes aos filhos da Pátria do Evangelho será por este escrevinhado tratada, e sim o estar vivo em esta e em a outra vida.

A mim, informam, as enciclopédias que: Vida é o estado ou condição dos organismos capazes de desempenhar transformações complexas de moléculas orgânicas essenciais a atividades funcionais como metabolismo, crescimento e reprodução.

As hipóteses sobre a origem dos primeiros seres vivos abrangem desde conceitos religiosos de criação da vida a partir de matéria inanimada por um ente divino até teorias cientificamente mais aceitas de que a vida começou em a Terra como conseqüência de uma série de reações químicas progressivas.

Durante séculos, a idéia de que a vida pode surgir espontaneamente de a matéria inanimada, em condições especiais, dominou a humanidade. A hipótese, conhecida como geração espontânea ou abiogênese, foi formulada inicialmente por Aristóteles, no século IV a.C., e persistiu até o século XIX d.C. quando Pasteur a derrubou, ao mostrar que mesmo as menores criaturas provêm de microrganismos em circulação no ar.

A base, de a maior parte de as modernas teorias sobre a origem de a vida, são as experiências realizadas, em a década de 1920, por o russo Aleksandr I. Oparin e por o inglês J. B. S. Haldane. Os dois cientistas explicavam a origem de a vida a partir de compostos químicos presumivelmente existentes em os primórdios da Terra. Para ambos, a produção não-biológica de moléculas orgânicas seria muito improvável na atual atmosfera oxidante da Terra, mas teria sido possível em condições mais redutoras (mais ricas em hidrogênio).

A primeira simulação experimental de as condições primitivas da Terra foi realizada por Stanley Lloyd Miller, em 1953. Fazendo circular uma mistura de metano, amônia e hidrogênio numa solução aquosa continuamente submetida à ação de descargas elétricas, Miller obteve, depois de alguns dias, vários aminoácidos. Em novos experimentos, outros autores substituíram a energia elétrica pelo ultravioleta e pelo calor e obtiveram regularmente grandes quantidades de aminoácidos. Em outras tentativas, e sempre em ambientes primitivos simulados, conseguiram-se açúcares, inclusive os cinco fundamentais dos ácidos nucléicos, assim como hexoses (glicose e frutose), metabólitos comuns nos organismos atuais.

No início de a década de 1960, começaram a ser realizados estudos com moléculas de ácido ribonucléico (ARN) denominadas ribozimas (do inglês ribonucleic acid enzimes), capazes de se auto-replicar (produzir cópias de si mesmas) e de catalisar reações químicas como se fossem enzimas. Esses estudos ajudaram a elucidar como devem ter sido as primeiras formas de vida na Terra. Atualmente, para que exista vida, é necessário que o ácido desoxirribonucléico (ADN) e o ARN codifiquem as informações necessárias à produção de proteínas, mas também que proteínas na forma de enzimas catalisem as reações de produção de moléculas de ADN e ARN. Portanto, a pergunta que os cientistas sempre se fizeram é: O que teria surgido primeiro, os ácidos nucléicos ou as proteínas?

A descoberta de que existem moléculas de ARN que se comportam como enzimas parece ter solucionado o dilema. Acredita-se que o ARN tenha servido inicialmente como modelo, mas também como catalisador nas reações de auto-replicação, enquanto os atuais papéis do ADN e das proteínas nas células se desenvolveram mais tarde.

A tecnologia de ponta e as modernas teorias acordam que os primeiros organismos vivos surgiram centenas de milhões de anos após a formação da Terra que, segundo se estima, tem quatro e meio bilhões de anos, num ambiente extremamente quente há mais ou menos três e meio bilhões de anos.

O inorgânico que se tornou orgânico, conforme as teorias e comprovações de teorias, formam o mérito do Impossível Possível que é a vida nesta vida, agora vamos passar a especular sobre o Imaginário, i.e., a vida na outra vida.

Tudo me faz crer que seria um grande desperdício e uma patuscada (segundo o Fernando [não o Beira-mar, que também é do pó], da Dinda) se depois de tanto qüiproquó tudo fosse pras "cucuias" com o imaginário fim do fôlego da vida soprado nas ventas do homem, feito do pó da terra, pelo Senhor Iahweh.

A lógica me faz crer que existe algo mais duradouro e aí concordo com a "cientificação" do Inconsciente Coletivo pelo Carl Gustav Jung, o qual já era estudado por os Ocultistas e Alquimistas medievais. Fica mais fácil entender a "eternidade" através do Inconsciente Coletivo do que imaginá-la como prêmio ou castigo, doado por um ser mais imaginário ainda.

Retrocedendo mais um pouco, se têm o Mundo das Idéias platônico e seu exemplo da Caverna. Há de haver um "deposito" para a sobra de esta energia cósmica que consumimos quando estamos a "dar tratos a bola" por este mundão de deuses e de o demo. Com um simples EEG ou um ECG mede-se a carga eletromagnética que possuímos e esta certamente, não se desfaz com o "bater de botas" ou "vestir o pijama de madeira".

Acordo com este tipo de imaginário "menos imaginativo", por ser mais lógico, mais científico, mais palpável, mais concreto e discordo de o imaginário popular criador de o ou de os "Criadores Incriados".

Concluo esta especulação quevediana, (não o do Turatti, nem o luso, mas do madrileno) afirmando que das bactérias procariontes e algas verde-azuladas (cianobactérias) de três e meio bilhões de anos passados até o que agora o amigo lê (euzinho) foi gasto muito tempo e para que? "Pra nada!" Tenho certeza que este "pra nada" somente se aplica ao "Gaúcho" do Ascenso. E tem mais: "No creio em bruchas, pero que hay, hay!" Ou ainda pegando carona com o Horácio em suas Odes, III, 30,6, "Nom omnia moriar opus superfuerit"

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