A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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Antiamericanismo?

(Géber Romano Accioly)

No que toca ao relacionamento com o poder, exercido pela "autoridade", não há muita diferença entre o universo dos "irracionais" e o universo dos "apoucados", pois ambos respeitam a força bruta.

É normal, entre os apoucados, ou faltos de entendimento, se rebelarem contra os poderes constituídos (autoridades), pois se esquecem de "Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus Yahweh; e as que existem foram ordenadas por Deus Yahweh." que está em Romanos 13:1.

Qualquer um que detenha o mecanismo do poderserá sempre questionado pelo "vulgo" (s. m. 1. O povo; a plebe. 2. O comum dos homens. ) que nunca aceitou, aceita nem aceitará sua autoridade.

Esta "autoridade" tanto pode ser um indivíduo, ou um grupo de indivíduos, um governo, ou uma nação. Tanto faz como tanto fez, pois os "contestadores" seguem o lema: "Hay gobierno, soy contra!"

Como a maioria desses "instáveis apoucados opositores contestadores" tem na Bíblia sua fonte de conhecimento eu citarei, a meu ver, os mais marcantes.

Todo o Capitulo 11 de Números é dedicado a instabilidade emocional dos mais apoucados, pois ali está: "4 Ora, o vulgo que estava no meio deles veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel também tornaram a chorar, e disseram: Quem nos dará carne a comer? 5 Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça, e dos pepinos, dos melões, dos porros, das cebolas e dos alhos. 6 Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos".

E importante lembrar que os "contestadores" haviam saído do Egito, há pouco, guiados por Moises que os livrara de quatrocentos anos de escravidão e estas suas contestações culminaram com a divisão de responsabilidades de Moises em conduzir seu povo, com mais setenta anciãos, conforme está no 17 "Então descerei e ali falarei contigo, e tirarei do espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão eles o peso do povo para que tu não o leves só.

No famoso "Domingo de Ramos" , que é descrito em Mateus 21, o povo (vulgo) "divinizou" Jesus com ":8 E a maior parte da multidão estendeu os seus mantos pelo caminho; e outros cortavam ramos de árvores, e os espalhavam pelo caminho.9 E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! "(também em Marcos 11 e João 12) e o mesmo povo (vulgo),"marginalizou" o mesmo Jesus, na Sexta-Feira "Santa" com o "crucificai-o" de Marcos 15:11 "Mas os principais sacerdotes incitaram a multidão a pedir que lhes soltasse antes a Barrabás. 12 E Pilatos, tornando a falar, perguntou-lhes: Que farei então daquele a quem chamais reis dos judeus? 13 Novamente clamaram eles: Crucifica-o! 14 Disse-lhes Pilatos: Mas que mal fez ele? Ao que eles clamaram ainda mais: Crucifica-o! 15 Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhe Barrabás; e tendo mandado açoitar a Jesus, o entregou para ser crucificado". (também em Lucas 23 e em João 19).

A propósito dessa "instabilidade" dos apoucados (=vulgo) escrevi Democracia

Acho que "o vulgo" é a "adolescência" de uma sociedade, por ser formado, em sua grande maioria, por "herdeiros das bem-aventuranças", e que politicamente, são de "direita/centro/esquerda festiva (incluo também os "intelectuais" teóricos), e como tal, manipulável e contestadora.

Mas iniciemos o assunto proposto pelo tema: Antiamericanismo.

a) Como o TIO SAM é o maioral do momento, são antiamericanos;

b) Quando for o "China Pau" (ao que tudo indica), serão anti-sinos,

c) Quando formos nós, os "Patropienses" (e por que não!? Lula tá aí!!!) serão anti-... (o que mesmo?).

Estar na "retranca" exercendo o "sagrado direito" de obstruir é o que importa, pois o imprescindível é que sejam "anti-qualquer coisa" para que sempre estejam "nas paradas de sucesso".

Tomemos como exemplo político de como ser anti-, a atual facção política que governa, pois ela sempre esteve ora na oposição e ora na clandestinidade, entretanto agora, é governo.

Nas "cabecinhas privilegiadas" de suas lideranças o "Hay gobierno, soy contra" ainda está, como sempre esteve e estará, presente, mas agora elas "governam". Governo e oposição são lados opostos da mesma moeda: Unidas, mas opostas.

E é por isso que este "governar sem se opor" está fundindo a cuca da meninada que, concomitantemente, é pró e contra Saddam, Bush, Chaves, Castro, Blair, Sharon, Arafat...

É plenamente justificável, em nome da boa politicagem, digo, política tomar o "breakfast" com o Bush, almoçar com o Chaves e jantar com o Castro.

Finalizo afirmando que não importa se se é antiamericano ou "antifeagacê", ou antilula, pois o importante é ser contra a autoridade constituída que exerce o poder no momento.

Eu, heim!

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