A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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A Religião Perfeita

(Géber Romano Accioly)

Raros sectários e "fieis" internautas sábios, saquem só o que nos fala os Pais-dos-burros sobre o tema em pauta:

"O medo do desconhecido e a necessidade de dar sentido ao mundo que o cerca levaram o homem a fundar diversos sistemas de crenças, cerimônias e cultos - muitas vezes centrados na figura de um ente supremo - que o ajudam a compreender o significado último de sua própria natureza. Mitos, superstições ou ritos mágicos que as sociedades primitivas teceram em torno de uma existência sobrenatural, inatingível pela razão, equivaleram à crença num ser superior e ao desejo de comunhão com ele, nas primeiras formas de religião".

E vão mais além do vulgo profano quando especificam:

"Religião (do latim religio, onis; "religião", "divindade", "piedade", "oráculo", temor supersticioso", "sacrilégio", "profanação"; é cognato de re-ligo, as, avi, atum, religare, "atar", "ligar", "religar", "apertar", "desapertar" com referência a laços que unam o homem à divindade) é o conjunto de relações teóricas e práticas estabelecidas entre os homens e uma potência superior, à qual se rende culto, individual ou coletivo, por seu caráter divino e sagrado. Assim, religião constitui um corpo organizado de crenças que ultrapassam a realidade da ordem natural e que tem por objeto o sagrado ou sobrenatural, sobre o qual elabora sentimentos, pensamentos e ações".

Raríssimos sectários e "fiéis" sábios fleumáticos, plugaram-se na quantidade de verbetes (negritos meus) com finalidades metalingüísticas e que acabam por vezes, complicando (como é o caso de sacrilégio e desapertar) a cuca apoucada da maioria de vossos pares? Pois aí e que mora o perigo! E exatamente dessa "abundância" que nasce exegeses e mais exegeses "fundamentalistas ou radicais".

De minha parte, Raríssimos, nunca me desliguei dA FORçA SUPREMA, dO PERFEITO SÓ, dO QUE HABITA A PRIMORDIAL TREVA, portanto não necessito da mediação de nenhum conjunto de relações teóricas para me religar. A propósito de mediação, escrevi há bastante tempo:

Mecanismo do Poder
(Rom. 13: 1,7)

Modernamente o cogito, ergo sum, cartesiano, metamorfoseou-se em possum, ergo sum e, como afirma a máxima eclesiástica: "Toda potestade vem de Deus", que fazer para termos, e nos apropriarmos deste maravilhoso Poder?

O homem mítico, sofrendo os efeitos das causas naturais e sem justificativas convincente, transferiu essas causas para um Supremo e Onipotente Causador e as gerações subseqüentes, cada uma a seu modo, deram a essa Causa Primeira, variados nomes e formas. Estava criado, por eles, (suas últimas criaturas) o seu Supremo Criador. Ele detinha todo o Poder.

Concretizado o primeiro intento, faltava agora, ao homem, já místico, criar um Mediador entre o agora Senhor Supremo e sua última criação... O homem.
Esse Mediador tinha de, forçosamente, ter uma origem divina, porém ter vivido e convivido entre os homens. Tendo origem divina teria livre trânsito com o Supremo Criador e tendo vivido entre os homens, teria toda a credibilidade necessária, para representá-los.
Esse Mediador de origem divina, também, detinha o Poder e tendo sido homem e vivido entre os homens, poderia intercambiar esse Poder. Estava finalmente, criado pelos homens, o Mediador.

O homem agora, religioso teria de criar homens Santos que pudessem, com a ausência física do Mediador, lidar com o sagrado e consagraram alguns, dentre eles, para este mister. Estava criado o Ministro do Poder.
Esses Ministros destinados a lidar com o sagrado, agora ordenados pelo Mediador, podiam ordenar outros ministros que lhes fossem inferiores. Estava criado o Administrador do Sagrado e através dele o Poder, transferido/doado pelo homem, ao Criador Supremo, poderia retornar ao homem.
O Homem passa a ser mero cumpridor "das determinações supremas", se eximindo da responsabilidade do Poder.

Dessa maneira a criatura poderosa criou o seu Supremo Criador e para Ele transferiu todo o seu Poder, inclusive, o poder de poder ser o seu Todo Poderoso Poder Supremo, libertando-se e eximindo-se da responsabilidade de exercer o Poder.

Imaginem agora, Raríssimos, um "Zé-sei-lá-do-que" "dipromado" em uma "facurdade teorógica "num-sei-lá-das-quantas" se dirigindo aos "irimãos" para "expricar as palavra de Deus"! Imaginaram?
Continuem a imaginar se este "lidre riligioso" é um ex-violento "cunvertido e purificado pulo sangui do nosso sarvadô Jisui Cristo, aliluia irimão, toda grória". Imaginaram? É ou não é para ter-se medo, ou melhor, ter-se PAVOR?

Raríssimos, a fé tem se tornado sinônimo de ignorância, i.e, já existe o binômio fé/ignorância e somente entendo liderança religiosa como uma profissão promissora. Infelizmente meu "modus vivendi" não me permite ter o menor respeito por quem vive do "apoucamento" alheio.

Faz um tempão que escrevi o texto abaixo:

Profissão de Fé

Não sendo batizado é... pagão.
Pagão em qual re (li) gião?

Budista no Japão... não é pagão.
Budista no Brasil... é pagão.

Muçulmano... é pagão.
Budista... é pagão.
Umbandista... é pagão.
Judeu... é pagão.
Hinduísta... é pagão.

Quem não é pagão?!
Para o cristão... quem é Cristão.

Mas, só serei Cristão se for... pagão!
Só se for um pagão verdadeiro,
nunca esquecendo de dar... o dinheiro.

Nem Muçulmano,
nem Budista,
nem Umbandista,
nem Judeu,
nem Hinduísta:
Religião... só a vista
(mas que artista!)

Espera o ano inteiro só pra levar meu dinheiro!
Não tenho dinheiro...
não posso ser...
"pagão" e nem "cristão"!
E isto sim... é verdadeiro!

Sem dinheiro, tenho religião diferente:...
inadimplente.

Raríssimos, o CLERO, qualquer CLERO, seja "euro-americano", ou euro-asiático, ou asiático, ou africano ou quem sabe em futuro próximo, "lunático" ou "marciano" tem uma finalidade verdadeira: DAR-SE MUITÍSSIMO BEM, a custa de sectários e "fiéis" apoucados, plugaram-se?

Raríssimos, vou repetir o parágrafo acima para que se porventura um "fié se seita suicida" venha a tentar ler, que o apoucado entenda mais ou menos: Padre, Pastor, Tropeiro, Guru, Pai-de-Santo, ou quem quer que seja que "administre o sagrado" É TUDO FARINHA DO MESMO SACO, e com um detalhe: BOLORENTA.

Finalizo o meu papo informando que a Religião Perfeita é... RELIGIÃO PERFEITA??? Pirou, foi??? Leia "O Hexaedro, um conto sagrado" e veja se não estou certo.

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