" Em uma determinada região havia um cientista renomado, porém
cético, e em uma de suas escavações arqueológicas
encontrou o fragmento de um primitivo fio de cobre usado atualmente na telefonia
fixa e, baseado em isto concluiu: Nesta região, há milhares de
anos passados havia... telefone com fio.
Sendo sabedor deste fato um cientista também renomado, porém
crente, fez escavações arqueológicas em sua região
e nada encontrando concluiu: Nesta região, há milhares de anos
passados, havia... telefone sem fio."
O P d B nos diz que: Conclusão é a conseqüência
de um argumento válido e, a historieta popular acima, ilustra parabolicamente,
as origens da conclusão.
Podemos, a nosso bel prazer, concluir da maneira que nos aprouver? Qual o
parâmetro que usamos para tirar conclusões? Podemos, baseados em
argumentos de época, tirar conclusões e projetá-las para
o futuro como verdades imutáveis?
Como exemplo de conclusões distorcidas cito a célebre sentença
"O estilo é o próprio homem" de George-Louis
Leclerc, Conde de Buffon. Verdadeira em mil setecentos e cinqüenta e três,
está, hoje, totalmente defasada, por afirmar que, por exemplo, o macaco
descende do homem como o burro do cavalo, e, pior ainda, modernamente tem sido
usada até em Artes (e por "críticos" renomados) quando
na realidade foi dirigida à evolução de seres vivos.
Até hoje para muitos "descuidados com o saber" o homem foi
feito do pó da terra e a mulher da costela do homem. Por mais absurdo
que possa parecer estes crentes que pregam a paz e a concórdia, se contrariados,
se tornam inimigos figadais de quem com eles não acorda.
Usando parâmetros tendenciosos para conclusões, surgem os Saddans,
os Bin Ladens, que aterrorizam o mundo moderno, como os Moiseses, os Gedeões,
os Sansões aterrorizavam o mundo antigo. Estamos marchando inexoravelmente
para a nossa própria destruição por nos atrelarmos a conclusões
inconseqüentes.
Permitimos o surgimento dos nossos Edires, os Rossis, que "evoluíram"
das conclusões dos "tropeiros" líderes de favelados
pentecostais radicais renovados que aterrorizam com seus "Arrependei-vos"
e suas bocas-de-lobo dos "curtos relampos".
Vemos a intolerância, para com os "diferentes", produzir decretos
e leis, pelo sul do país, que expulsam de cidades, quem não pratica
o sexo abençoado pelo deus Yahweh.
Conclusões. Conclusões e mais conclusões. Concluir acertadamente
é tarefa pra mais de metro que deve ser executada por sábios e
assim mesmo sujeita a zil alternâncias.
Concluindo: Hominem parvus, ignarusque credulus timeo.