A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
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Jebukrmaísmo, um outro Novo Testamento

(Géber Romano Accioly)

Há por este mundão de meu Deus, de seu Deus e dos nossos Demos, manias pra tudo quanto é gosto e não vou entrar em detalhes nem tampouco especificar algumas delas por não ser nem muito ocupado em nada fazer como são os nossos políticos, e nem tampouco me intrometer nas manias de quem quer que seja, portanto vou apenas me concentrar na minha mania: EU. Claro, eu! (“o que em vossa presença emigra”).

Descobri depois anos e anos de procuras, e/ou pesquisas, e/ou buscas “por mares nunca dantes navegados” que estas procuras, e/ou pesquisas, e/ou buscas, foram todas infrutíferas enquanto estavam centradas para o exterior e de nada adiantaram. Entretanto, por um acaso (sempre o velho acaso igual ao do Arquimedes) do destino, estava eu imitando os nossos políticos e eis que me deparo, (depois de terminada a imitação) ao abrir a porta do armário do W.C., com o objetivo de minha vida: miríades de “EUS”. (Ao abrir a porta o espelho formou um ângulo reto com um grande espelho fixado em uma parede lateral). Era tanto Eu, tanto para um lado como para o outro, que saí me afastando e me posicionando até um ponto entre os espelhos, onde pudesse ver os dois lados simultaneamente. (campo de visão de aproximadamente uns cento e oitenta graus).

Leitor Amigo, era “EUS” por bo...! (Por sinal era o que eu havia acabado de mandar para o mar [esgoto da humanidade] com uma leve pressão no botão de descarga do vaso sanitário.).

Foi exatamente neste iluminado momento o meu “Caminho para Damasco” (por sinal ninguém sabe explicar o por quê de a “Prunus armeniaca” produzir damasco e nectarina ao mesmo tempo.). Ali, lavando as mãos, para eliminar algum provável resíduo do que havia enviado para o pélago profundo e suas fossas abissais, percebi que toda a minha existência até aquele momento era o que eu havia enviado etc., etc...

Após esta “damascada” transcendental e/ou caminhada a Santiago de Compostela, e/ou peregrinação a Meca, e/ou a Juazeiro do Norte, e/ou à Aparecida do Norte, e/ou a Pirapora, e/ou a uma porrada de locais caça-níqueis, digo, sagrados, eu corri para meu PC, inspirado por eflúvios “deificantes” e em um vislumbre de todos os únicos e verdadeiros paraísos celestiais, eu “psicografei” “O Hexaedro, um conto sagrado”. .

Mutchuu bem! (para os que gostam de anglicanismo: very well) Passaram-se anos, e um dia nova descoberta, e, novamente, por obra (diferente da enviada para o mar) do acaso (aquele mesmo que deu origem ao Heureca!) dei com as fuças em esta Usina e publiquei para todo o Universo conhecido e desconhecido “O Hexaedro, um conto sagrado’. que havia psicografado, e como já expliquei o havia recebido diretamente do “Home” lá de... de... (não posso dizer lá de cima porque o nosso planeta e arredondado e além do mais gira, fazendo com que cada vinte e quatro horas e mais alguns minutos, o a cima seja abaixo).

Aí, Leitor amigo, aconteceu uma coisa estranhíssima: Depois de publicado comecei a ler o danadinho do “O Hexaedro, um conto sagrado”. e sofri a maior traição (“... o diabo é às brutas; mas Deus é traiçoeiro! Ah, uma beleza de traiçoeiro – dá gosto!...”) de minha vidinha insípida – me converti ao Jebukrmaísmo.

Atualmente sou um bispo Jebuksma fiel, salvo e devotado por ter compreendido as mensagens das Placas Sagradas e aceito as únicas e verdadeiras palavras do Senhor Jebukrma, compiladas no único, verdadeiro, último e definitivo texto sagrado o “O Hexaedro, um conto sagrado”.

Irmãos de todas as formas de cultuar os seus deuses e deusas e anjos e anjas e o scambau, eu, único bispo autorizado pelo JBKM (Senhor Jebukrma, para mim que sou assim “unha com carne”) convido todos para ler o “O Hexaedro, um conto sagrado” e desfrutarem comigo das maravilhas que é o Jebukrmaísmo.

Laetitia, Salus, Pecunia.

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