Tenho lido paca sobre este negócio de ser pai e acho que ser pai é
a coisa mais fácil do mundo, pois tem carinhas que são pais e
nem sabe que o são...
Há outros que pensam que são e nem sabem que não "ur
são"...
Há outros que nem se deram ao prazer de "fazer" o filho e doaram
a "possibilidade" para ser congelada e no futuro e "in vitro",
que alguém a concretize.
No campo do Direito o pai é o carinha que está legalmente amarrado
à mãe quando o rebento sai para o "vale de lágrimas"
dos "sarvos e escoídos".
Se a mãe for para o "andar de cima antes do combinado" o pai
corre o risco de ser sempre pai e não ser substituído, mas se
foi ele quem "subiu" pode ser logo esquecido e substituído.
E o que é pior: se a mãe em vez de ter "subido" houve
por bem mandar o dito cujo "pastar" e se aconchegou noutros braços,
o carinha corre o risco de não só ser substituído, mas
de ter a imagem ofuscada e por que não dizer apagada. Geralmente nesse
caso o "erroex" é o denegrir (se ele for de outra cor, of corse!).
Há dois conceitos do "ser pai" que eu considero antológicos:
1) "ser pai é acender a casa toda" do J.G.de Araújo
Jorge;
2) "ser pai é saber ir-se apagando à medida em que mais nítido
se faz na personalidade do filho," do Arthur da Távola. Mas para
que isso aconteça o pai há de ter sido amigo.
Agora " o agora são elas" (ou o moderníssimo "agora
fu...") é ser pai e amigo, ou pai/amigo, ou melhor: Paigo.
De nada adiantará receber até memorial depois de "bater a
caçoleta", se não foi Paigo.
De nada adiantará ir heroicamente até o Complexo do Alemão
salvar o filho seqüestrado por ser policial incorruptível, se não
for Paigo.
De nada adiantará aceitar em sua companhia o "amor" do seu
filho nascido macho e até comprar para seu "rebento assumido"
maquiagem e calcinhas vermelhas, se não for Paigo.
De nada adiantará continuar no "até que a morte os separe"
com a mãe de seus filhos, a qual depois de se metamorfosear em "baranga
tribufu" se tornou "fiel de seita", se não for Paigo.
De nada adiantará ser sempre cordato e para solucionar desmandos vir
sempre com o "deixa que paigo" (infame) se não for Paigo.
Ser Paigo é ser a mistura mais homogênea que pode haver entre o
pai e o amigo.
Ser Paigo - como diria a madre superiora) - é foooooooooooooooooooooooooo...
Ser Paigo - com "P" maiúsculo - é nem ser e ser pai,
e nem e ser amigo é ser simplesmente: PAIGO.