(Ao poeta Hugo Leal)
Dedilhada em tua mesa em word, aquela coisa, que aquele gringo de fora deu
o nome de janela. Sexta feira já começa autiluqui recebendo outra
fagueira remessa de tua prosa possessa. Te respondo até ligeira e nem
me ligo na asneira que despejo nesta tela, como fosse cachoeira
Tu inventaste um molho! E c'o meu zólho caolho, reconheço tua
rima afinal falas de tudo: uma sopa em Ágora plena
Falas também da prima, da fumaça da neblina
Pôxa que embolada, é xarope ou garrafada? Vieste da conchichina?
Falas da alma e da rima ! Atravesso no teu verso! És banana antes do
cacho?
Que veia corre em teu sangue? Tu vives nalgum hospício de anjos trancafiado,
ou foste bem amarrado de cabeça para baixo?
Queres o mundo em tua palma, ou uma coroa de louros?
Estourar essa boiada ou segurar pelos bagos essa cambada de touros?
Não dás trégua ao teu combate? Não bates bem desta
bola ?
Tô falando da cachola. Mas que sujeito... És demente?
C'os meus neurônios aflitos me causaste tal conflito e
ainda assim te repito, se perguntar não ofende:
É pra ti mera querela uma porcada comendo? E revirando a gamela?
Vai, saltimbanco esquisito, solta teu urro, teu grito, segue pela Internet
em virtual patinete Enquanto fazes o caldo tem doida que dá respaldo,
a este salamaleque.
Mas cuidado seu Leal nem toda torre é de Ismália nem todo mar
é espelhar,
nem toda Alfonsina é coral. Nem todo espanto é da terra, te liga
no que não vês
atira só para cima e acertarás no real. Protege bem tua tez!
Tem teia, taia-maracu e gavião que bobeia.
Tem louca que é legal, tem boca que é só botox, tem até
saco sem fundo
Vou pegar aquele trem, que tu disseste que tem, que aquela diva perdeu
Por certo só usarei minha bota e meu batom no corpo que Deus me deu.
Na estação da Calota, lá no derretimento hei de colar o
mundo!
Dos pedacinhos boiando dos restos do fim de tudo, construirei com durex .
Lá posarei pra playboy na laje do que será o derradeiro duplex,
coladinha em Asterix bebericando o chandon
Esqueceremos da bíblia e olharei para trás...
Viraremos obeliscos em tom de branco sur ton ?