A Garganta da Serpente
Veneno Crônico crônicas
  • aumentar a fonte
  • diminuir a fonte
  • versão para impressão
  • recomende esta página

Crônica embolada

(Mafabami)

(Ao poeta Hugo Leal)

Dedilhada em tua mesa em word, aquela coisa, que aquele gringo de fora deu o nome de janela. Sexta feira já começa autiluqui recebendo outra fagueira remessa de tua prosa possessa. Te respondo até ligeira e nem me ligo na asneira que despejo nesta tela, como fosse cachoeira

Tu inventaste um molho! E c'o meu zólho caolho, reconheço tua rima afinal falas de tudo: uma sopa em Ágora plena

Falas também da prima, da fumaça da neblina

Pôxa que embolada, é xarope ou garrafada? Vieste da conchichina? Falas da alma e da rima ! Atravesso no teu verso! És banana antes do cacho?

Que veia corre em teu sangue? Tu vives nalgum hospício de anjos trancafiado,

ou foste bem amarrado de cabeça para baixo?

Queres o mundo em tua palma, ou uma coroa de louros?

Estourar essa boiada ou segurar pelos bagos essa cambada de touros?

Não dás trégua ao teu combate? Não bates bem desta bola ?

Tô falando da cachola. Mas que sujeito... És demente?

C'os meus neurônios aflitos me causaste tal conflito e

ainda assim te repito, se perguntar não ofende:

É pra ti mera querela uma porcada comendo? E revirando a gamela?

Vai, saltimbanco esquisito, solta teu urro, teu grito, segue pela Internet

em virtual patinete Enquanto fazes o caldo tem doida que dá respaldo, a este salamaleque.

Mas cuidado seu Leal nem toda torre é de Ismália nem todo mar é espelhar,

nem toda Alfonsina é coral. Nem todo espanto é da terra, te liga no que não vês

atira só para cima e acertarás no real. Protege bem tua tez!

Tem teia, taia-maracu e gavião que bobeia.

Tem louca que é legal, tem boca que é só botox, tem até saco sem fundo

Vou pegar aquele trem, que tu disseste que tem, que aquela diva perdeu

Por certo só usarei minha bota e meu batom no corpo que Deus me deu.

Na estação da Calota, lá no derretimento hei de colar o mundo!

Dos pedacinhos boiando dos restos do fim de tudo, construirei com durex .

Lá posarei pra playboy na laje do que será o derradeiro duplex,

coladinha em Asterix bebericando o chandon

Esqueceremos da bíblia e olharei para trás...

Viraremos obeliscos em tom de branco sur ton ?

  • Publicado em: 30/08/2007
Copyright © 1999-2020 - A Garganta da Serpente